Ministério da Agricultura informou que o país árabe aprovou modelo de Certificado Sanitário Internacional para exportação de produtos apícolas do Brasil. Vendas podem chegar a US$ 4,43 milhões ao ano.
A Arábia Saudita pode se tornar importadora de mel e seus derivados produzidos no Brasil. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que o país árabe aprovou o modelo de Certificado Sanitário Internacional (CSI) para a exportação de produtos apícolas (mel, propólis, cera).
O comunicado foi recebido pelo Mapa na segunda-feira (19). O órgão acredita que o anúncio é resultado da aproximação do Ministério com a Saudi Food and Drug Authority (SFDA), a agência saudita de vigilância sanitária, com apoio do adido agrícola do Brasil no país árabe, Marcelo Pinto. Com a abertura desse mercado para o Brasil, a expectativa do Mapa é que a receita cambial com as exportações possa ser de até US$ 4,43 milhões ao ano.
No total, a Arábia Saudita importou US$ 66,44 milhões desses produtos em 2017. Com exportações de US$ 128,1 milhões no mesmo ano, o Brasil alcançou participação de 6,7% nesse segmento do mercado global.
Segundo nota do ministério, em outubro, em missão técnica realizada ao país árabe, liderada pelo secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Luís Rangel, houve avanços nas negociações com a SFDA. “É mais um mercado aberto para o Brasil, que auxilia na diversificação da pauta de produtos e na ampliação da participação do País no agronegócio internacional”, afirmou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, de acordo com nota da pasta.
O secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro e Silva, informou em comunicado que a próxima etapa é o envio, pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), da lista de estabelecimentos brasileiros que desejam exportar produtos apícolas à Arábia Saudita, de acordo com as exigências do certificado acordado. As importações mundiais de produtos apícolas totalizaram US$ 1,92 bilhão no ano passado, já desconsiderando o comércio intrabloco da União Europeia (US$ 576,58 milhões).
FONTE: ANBA