Certificadora brasileira inicia processo de habilitação de empresas para exportação
Do campo à mesa de consumidores, a carne bovina faz parte da alimentação diária de milhões de pessoas. O Brasil é considerado um dos maiores produtores dessa proteína no mundo, resultado de muito investimento em sanidade, alimentação e tecnologia para, além do mercado interno, estar presente em mais de 150 países.
A exportação de carne bovina já representa 3% das exportações brasileiras. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), em 2017 o Brasil atingiu a cifra de aproximadamente US$ 6,3 bilhões, aumentando em mais de 10 vezes o valor de suas exportações.
Atualmente, o Brasil produz 10 milhões de toneladas de carne bovina, 20,8% são negociados para dezenas de países em todo o mundo, seguindo os mais rigorosos padrões de qualidade.
Na última década, o país registrou um crescimento de 135% no valor de suas exportações. Para alcançar esse posto, a pecuária bovina sofreu uma modernização elevada, sustentada principalmente, na tecnologia dos sistemas de produção e organização da cadeia, como por exemplo, alimentação, genética, manejo e saúde animal, conferindo o resultado na qualidade, sabor e durabilidade da carne.
Novo mercado
Com habilitação para certificar empresas brasileiras e observando o potencial do setor, a SIILHalal – Serviço de Inspeção Islâmica, ingressa neste novo mercado: a carne bovina Halal.
Conforme o diretor presidente da certificadora, Chaiboun Darwiche, muitas empresas brasileiras têm interesse em expandir o mercado aos países muçulmanos, alavancando as vendas e ingressando neste setor.
“Estamos em fase de negociação com instituições e, esperamos, a partir deste segundo semestre certificarmos e enviarmos a carne bovina, principalmente aos países árabes”, destaca.
Conforme o The Islamic Food and Nutririon Council of América e The Muslim Food Boar, para a carne de bovinos e frangos ser considerada Halal, os animais devem ser abatidos seguindo os rituais islâmicos, como:
- O animal deve ser abatido voltado para Meca.
- O animal não deve estar com sede no momento do abate.
- A faca deve estar bem afiada e ela não deve ser afiada na frente do animal.
- O corte deve ser no pescoço feito por um muçulmano que tenha atingido a puberdade. Ele deve pronunciar o nome de Allah durante o abate, com a face do animal em movimento de meia-lua.
- Devem-se cortar os três principais vasos (jugular, traquéia e esôfago) do pescoço.
- A morte deve ser rápida para evitar sofrimentos para o animal.
- O sangue deve ser totalmente retirado da carcaça.
Patricia Mazzioni Dudek
Jornalista - Assessoria de imprensa SIILHalal
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