A Mishref Cooperative Society, uma cooperativa dona de 54 supermercados no Kuwait, está aberta a comercializar marcas brasileiras. A cooperativa já vende carnes de frango e de pato do Brasil, mas há possibilidade de importar mais e diferentes produtos, segundo o gerente comercial da Mishref, Geegana Rohana.
Isaura Daniel/ANBA
Delegação conversou com executivos da Mishref
Um supermercado da cooperativa foi visitado nesta quarta-feira (18) pela delegação empresarial brasileira(foto acima)que acompanha a missão da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, ao Kuwait. O grupo foi recebido por executivos da Mishref, entre eles Rohana e o gerente geral, Adel Alsorayai. Nas prateleiras foi possível ver as marcas brasileiras Sadia, de carne de frango, e Villa Germânia, de carne de pato.
Rohana explicou à reportagem da ANBA e ao grupo, porém, que não são os executivos da cooperativa que fazem as importações dos produtos que chegam nos pontos de varejo. Como cooperativa, a Mishref trabalha em conjunto com três mil fornecedores locais, que tanto abastecem as unidades de varejo com artigos produzidos no Kuwait quanto com importados.
De acordo com Rohana, a seleção das marcas do exterior é desses fornecedores. O executivo ficou de auxiliar no contato entre a embaixada do Brasil na Cidade do Kuwait e os seus principais parceiros para que o Brasil possa abrir mais espaço nas suas redes de supermercados. Segundo ele, a maior parte dos itens comercializados nas lojas são produção local, mas há artigos de países como Holanda, Itália, Alemanha, França, Estados Unidos, entre outros.
Brasileiros visitaram supermercado no Kuwait
A diplomata conselheira da área de Comércio, Promoção de Investimentos, Cultura e Imprensa da embaixada, Claudia Assaf, acompanhou a visita. Para a reportagem da ANBA, ela contou que a embaixada já faz esse trabalho de oferecer os produtos brasileiros aos importadores do Kuwait, mas que visitas de alto nível como a da ministra Tereza Cristina ajudam a abrir mais contatos.
“São importantes visitas de alto nível a países como esse, que embora tenham mercado pequeno em números absolutos, é formado por pessoas de altíssimo nível aquisitivo, que exigem produtos de alta qualidade, como são os brasileiros”, afirmou Claudia, complementando que apesar da alta renda, eles querem também um bom preço.
De acordo com a superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, que é parte da delegação, ficou claro que há oportunidades no Kuwait e na Mishref. “É um mercado pequeno, mas com poder aquisitivo alto. Existem oportunidades para produtos que saibam se posicionar”, disse. Lígia acha que na cooperativa há potencial para frutas, em função dos preços altos pelas quais são vendidas, e temperos, além de castanhas. “Eles querem já embalados, com embalagens diferenciadas”, diz, sobre os temperos.
Rohana contou para a ANBA que o frango da Sadia é número 1 em vendas nos supermercados da Mishref e que o preço do produto é muito bom. Os consumidores sabem que se trata de carne de frango brasileiro, segundo o executivo. “Eles gostam muito”, disse.
A delegação empresarial acompanha a ministra pelos quatro países árabes que está em visita até o próximo domingo (22). Ela já passou por Egito, Arábia Saudita e, depois do Kuwait, o destino será Emirados Árabes Unidos. ACâmara de Comércio Árabe Brasileirafaz parte da delegação, assim como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), a Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) e outras instituições e empresas, tais como JBS, Marfrig, Granja Faria, Master Boi, Cdial Halal, Grupo Vibra e BRF.
Fonte: ANBA