O que pode influenciar os negócios com a visita da ministra Tereza Cristina ao Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos?
Por Chaiboun Darwiche*
Chapecó, 14 de setembro de 2019 – 16 bilhões de dólares, esta foi a cifra movimentada pela indústria agroalimentar em 2018 para 22 países árabes e integrantes da Organização para a Cooperação Islâmica. Mas para acessar estes mercados é necessário o selo Halal, certificação que torna “lícito” – definição do termo Halal – os produtos consumidos e que representa aquilo que está em conformidade às regras estabelecidas pela lei islâmica.
Atualmente, a Região é um dos principais destinos dos produtos agroalimentares brasileiros, sendo o primeiro a China, e atento a esta demanda o Brasil conta com o maior parque fabril com plantas frigoríficas habilitadas dentro das características supracitadas para acessar estes mercados, países que se mostram cada vez mais parceiros comerciais, tanto em alimentos como em bebidas.
Após o mal-estar gerado no início deste ano foi realizado um jantar de suma importância estratégica. Uma ação que demonstrou inteligência e arrojada articulação política da ministra Tereza Cristina, uma das principais lideranças do atual governo.
Isso demonstra que a sequência dos fatos, associado à relação comercial entre o Brasil e países árabes, reforçam a importância desta visita ao Egito, Arábia Saudita, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, mesmo não sendo uma viagem de caráter oficial.
Estão a bordo desta viagem que iniciou em 11 de setembro e segue até 23 o secretário de Comércio e Relações Internacionais, Orlando Leite Ribeiro; a diretora de Promoção Comercial, Investimentos e Cooperação, Márcia Nejaim; o assessor Aurélio Rolim Rocha, adidos agrícolas, além de contar com empresários, associações de classes e certificadoras Halal.
Esta viagem reflete a parceria entre o Brasil e países árabes. Basta olhar os números. O bloco econômico importou de todo o mundo o equivalente a US$ 114 bilhões, em 2017, sendo os itens mais procurado o trigo, açúcar, milho, arroz, carne de frango, leite em pó, carne bovina e preparações alimentícias. Este passo mostra que o Brasil quer estar cada vez mais integrado com este mercado.
E os resultados estão a caminho. Hoje (14 de setembro) a ministra anunciou a abertura de mercado para os produtos lácteos.
*Chaiboun Darwiche é empresário libanês com 27 anos de atuação no comércio de produtos alimentícios para países árabes e CEO da Siil Halal, empresa fundada em 2008 especializada em Serviço de Inspeção Islâmica que atua como Certificadora Halal no Brasil.
Para saber como ingressar no mercado Halal acesse: www.siilhalal.com.br
Sobre a Siil Halal: Fundada em 1º de abril de 2008, a Siil Halal é uma empresa especializada em Serviço de Inspeção Islâmica que atua como Certificadora Halal. O trabalho inicia desde o projeto da linha de produção até a embalagem de produtos permitidos para consumo islâmico, assim como na fiscalização dentro das normas e regras ditadas pela Jurisprudência Islâmica.