Tanto em cifras quanto no volume de muçulmanos que o país poderia receber. Contudo, é necessário atenção para as peculiaridades deste segmento para que se possa aproveitar esta janela de oportunidade.
Chapecó, 13 de junho de 2019 – Dados do Ministério do Turismo apontam um aumento da visita de tunisianos e libaneses em 2018 no Brasil. Cenário de alerta para salientar que o país ainda não possui uma estrutura adequada para receber de forma ideal visitantes muçulmanos.
O balanço registrou 6.621.376 chegadas internacionais em solo brasileiro – crescimento de 0,5% em relação a 2017 – sendo que deste total 1.488 foram tunisianos, contra os 1.374 de 2017. Já os libaneses somaram 2.860 em 2018, aumento de 283 pessoas em relação ao ano anterior, quando o total foi de 2.577 visitantes.
Para o CEO da Siil Halal, Chaiboun Darwiche, em 2017 o potencial do turismo Halal foi de US$ 192 bilhões ao redor do mundo e estima-se crescimento de 121,35% até 2020. “Ao todo o turismo Halal conta com 130 destinos com enorme procura ao redor do globo, sendo 48 de origem islâmicas e 82 não-islâmicas. Entre os países não-islâmicos os dez primeiros são Singapura, Tailândia, Reino Unido, Japão, Taiwan, Hong Kong, África do Sul, Alemanha, França e Austrália. “O Brasil ainda não faz parte do ranking dentre os mais visitados”, enaltece o empresário.
Mesmo com o crescimento apontado pelo Ministério do Turismo da presença tunisianos e libaneses, ainda há um gap no Brasil no quesito turismo Halal quando comparado aos países da Ásia que investem de forma pesada neste mercado. “Há esforços para que este jogo vire”, confidencia Chaiboun Darwiche, mas alerta que há falta de visão para investimentos no Brasil.
Para ele, o lapso que o país enfrenta é estrutural dado as necessidades religiosas dessas populações, conforme explica o empresário: “Devemos olhar com atenção às exigências da chegada dos muçulmanos ao Brasil até a sua partida. Quando chegam são necessários recursos específicos que atendam às necessidades dos que praticam a fé islâmica. Aeroportos, hotéis, restaurantes, pontos turísticos e hospitais devem conter a certificação Halal”, salienta.
Atenta às essas demandas, a Siil Halal orienta e capacita empresas interessadas em acessar este mercado. “Participamos de treinamentos na Coreia do Sul, Tailândia, Japão e Rússia para capacitar nossos profissionais para aplicar as normas para a certificação Halal a seus negócios direcionados para o turismo Halal”, salienta Chaiboun Darwiche.
Após ter consolidado a parte estrutural, o empresário salienta que o Brasil necessitaria de marketing atuante para que posteriormente possa divulgar todo o potencial voltado para este mercado. “A exemplo da Tailândia que hoje atua com forte propaganda direcionada para o turismo Halal”, analisa Chaiboun.
Sobre a Siil Halal: Fundada em 1º de abril de 2008, a Siil Halal é uma empresa especializada em Serviço de Inspeção Islâmica que atua como Certificadora Halal. O trabalho inicia desde o projeto da linha de produção até a embalagem de produtos permitidos para consumo islâmico, assim como na fiscalização dentro das normas e regras ditadas pelo Alcorão Sagrado e pela Jurisprudência Islâmica.
FONTE: GIRACOM - Assessoria SIILHalal